quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Amizade Furtada

Eu vi a amizade delas evoluir inacreditavelmente, uma tinha todo jeito de menina mimada, uma verdadeira patricinha, outra era mais dada. Duas garotas incríveis!
Essa amizade embora se mostrasse sólida, era frágil, mas bonita, elas pareciam se completar perfeitamente. Perfeita se não fosse por um detalhe, uma era bastante rancorosa, enquanto a outra era orgulhosa.
Ainda me lembro como os problemas começaram, a patricinha começou a realizar pequenos furtos, foi se tornando compulsão, roubava coisas simples, inclusive coisas de sua amiga, de quem recebeu a primeira advertência como sinal de preocupação. Mas ela era orgulhosa, não ouvia conselhos, continuou com sua conduta, sentia prazer no que fazia.
Até que roubou mais uma vez sua amiga, mas dessa vez, foi covarde, não teve coragem suficiente para ficar cara-a-cara com sua vítima. A garota dada, ao descobrir que fora mais uma vez enganada, explodiu em grande ira e rancor, tal qual eu nunca tinha visto de sua parte, estava decidida, iria denuncia-la. Mas foi-se ouvido um ultimo grito demonstrativo de tal amizade, a garota dada, desistira de sua idéia radical.
Mas quando a ladra finalmente teve coragem de encarar a sua vítima, veio a tona uma verdade incoveniente, a sua preocupação em satisfazer seus desejos, tinha furtado aos poucos a intensidade dessa amizade.
Ela se foi!

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