terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Só eu mesmo

Caminho pela rua em direção a minha casa, repentinamente uma brisa me corta o caminho me deixando paralisado. Não era uma brisa comum, era mais fria, parecia carregar uma mensagem.
Há muito tempo esperava por aquele momento, todas as tardes deste verão eu caminhei sem ruma ansiando aquele encontro.
Diminui o meu passo me preparando para desfrutar de um prazer secreto do qual não aproveito já faz uns 5 anos, devido à imagem que construi. Dane-se a imagem e qualquer outra coisa que critique ou impessa-me. Não irei mais fugir do que sou o do que gosto.
Desviei o caminho para distanciar o percurso até minha casa. E de repente aconteceu o momento - incomodo e comum para uns, mas para mim foi mágico - senti a primeira gota de chuva em meu nariz. Como eu estava feliz por essa vez não precisar correr para não me molhar! Aos poucos a chuva foi aumentando e sob ela eu continuei caminhando e após muito tempo, me senti simplesmente eu mesmo.
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P.S.1 (primeira dedicatória) - Uma amiga minha estava vendo meu blog e me disse que os meus textos, pouco tinha finais felizes! Então ela me pediu para escrever-lhe um texto com um final bem feliz!
Creio que esse final não é tão, tão, tão feliz como ela imaginava, mas me esforcei!
Abraço Geisa!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

O Fim da Linha

P.S.1.: Sei que muitos não gostam desse estilo de texto, não é o meu estilo de escrita, mas como foi o primeiro desse estilo que surgiu por meio de minhas mão, achei que poderia compartilhar com vocês para mudar um pouco.
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Uma lágrima desliza suavemente pela face que por sua cor pálida, demostra o cansaço e desespero de uma jovem que acabara de completar seus 18 ano. Idade que há muito ansiava chegar, pois via a possibilidade de finalmente possuir a vida que sonhara mas nunca obtivera.
As lágrimas aumentaram como que uma enchurrada, ensopando e fazendo escorrer do seu rosto a angústia e dor, características que por sinal eram bem visíveis aos olhos de meros e incapacitados observadores.
Começara a remoer em sua mente, tudo o que vivera até aquele presente estado. Culpava em parte os seus pais pela vida que levou, porém no fundo sabia que eles a amavam - demostravam do jeito deles, mas a amavam. Discussões com amigos antes achegados só alimentaram a idéia que criou de si própria considerando-se um estorvo às pessoas, acreditava que sua importância era inferior a do restolho.
Enchugou as lágrimas do rosto determinadamente, substituindo a sua angústia e dor por um profundo ódio por si mesmo. Decidiu que nunca mais iria atrapalhar a vida dos outros. Estava decidida a por um fim a todos os problemas que a faziam estar naquela situação. 
Foi até o armário de medicamentos, encheu sua mão tremula com toda a sorte de comprimidos e em um único ato, levou-os a boca e os engoliu.
Foi o fim!!!!
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P.S.2.: Esse texto simplesmente surgiu, não tive o controle sobre tal! Muito importante afirmar que não estou apoiando o suicídio, pelo contrário, sou totalmente contra tal ato.
Espero que compreendam esse post.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A Libertação

Acelero os meus passos, sei que ela está vindo. Ela não precisou chamar o meu nome, não foi preciso o aviso de alguém, muito menos se fez necessário que eu olhasse para traz para ter a certeza de que ela está vindo!
Quanto tempo eu fugi feito um covarde desse encontro, imaginando o aumento de minha dor e angústia, de meu desespero!
Finalmente ouvi meu nome distante, fingi que não tinha escutado e acelerei ainda mais obstinadamente o meu caminhar. Mais uma vez ouvi o meu nome, mas dessa vez foi inevitável não parar.
Houve mal entendidos que precisavam ser resolvidos, eu tentei, ela "tentou", mas não restou esperança para a nossa amizade. Era o fim!
O tempo passou, todas as lembranças que tenho dela desapareceram como que engolidas por um buraco negro. Fico feliz de saber que hoje restou em minha mente apenas um borrão dessa amizade e que foi posto um fim em toda a minha angústia e desespero.
Quebrei os grilhões que me aprisionavam!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A Prisão

Por um segundo fiquei angustiado, pensei que estava livre . Como pude enganar-me desta forma tola? Tentei desconsiderar a verdade, mas ela sempre vem a tona de forma inesperada, surpreendente.
Seu retoro conseguiu me deixar atonito, instantaneamente bateu-me um sufocante sentimento de culpa e incapacidade que no momento parecia corroer os meus ossos.
Ah! Besteira! Aconteceu, nada muda o fato. Acabou. Não há mais como prosseguir com minha mentira, iludindo-me. Não posso mais negar que está presente em mim, mesmo que não possa observar seu cauteloso avanço e domínio sobre mim.
Sei que ainda me encontro na condição de prisioneiro.
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P.S.:Gente, esse é o tal texto sobre o qual eu falei no post anterior. Finalmente, foi devolvido. Obrigado Dani.